Um prisioneiro excepcionalmente astuto e bruto estava sob os cuidados do capelão. Em comparação com os outros prisioneiros, ele era repugnante e conhecido por sua audácia e completa insensibilidade quando cometia atos de violência. Ele era chamado de “o rei dos criminosos”.
Apesar das várias vezes em que o capelão o aconselhava, o homem não respondia e era intolerante quanto a qualquer instrução. Finalmente, ele pediu um livro específico que não estava disponível na biblioteca. Então, o capelão indicou a Bíblia, que pertencia ao quarto do prisioneiro, perguntando se ele já havia lido aquele livro.
O criminoso não respondeu e apenas olhou para o pregador com ódio. Então, o capelão repetiu a pergunta, assegurando-lhe que a Palavra de Deus valia a pena ser lida. “Se o senhor soubesse quem sou”, disse o prisioneiro, “não me faria tal pergunta. Que tenho eu com tal livro?”.
O capelão explicou que conhecia muito bem a fama e o caráter do homem e que a Bíblia poderia ajudá-lo. O preso insistiu que não lhe valeria nada, pois já não tinha mais sentimento. Ele deu um murro na porta de ferro e gritou: “Meu coração é tão duro como este ferro; nenhuma coisa neste livro me poderá tocar”.
Então, o capelão perguntou se ele já havia lido o pacto da graça. O preso, teimoso, perguntou o que ele queria dizer com aquilo. “Escute estas palavras”, disse o capelão: “… e vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo…” (Ezequiel 36.26).
O homem ficou admirado e pediu que o capelão lhe mostrasse a passagem na Bíblia. Ele leu as palavras várias vezes, e quando o capelão voltou no dia seguinte, o preso estava manso. “Meu senhor”, disse ele, “nunca sonhei com uma tal promessa! Nunca tive a menor ideia de que Deus pudesse falar de tal maneira com homens. Se Ele me conceder um coração novo, será um milagre, porque somente a esperança de uma natureza nova me trará a emoção que nunca senti na vida”.
Esse homem aceitou Jesus e tornou-se manso, obediente à autoridade e de espírito gentil, como o de uma criança.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” – 2 Coríntios 5:17
Título: O rei dos criminosos
Fonte: Coletânea de Ilustrações do Pr. Natanael de Barros Almeida