Ele manda você trocar o batom, opina na sua roupa e faz você se sentir péssima com a sua aparência, que nunca o satisfaz. Ele também fica checando o seu celular, quer saber onde e com quem você foi almoçar no intervalo do trabalho. Ele sempre faz com que você se sinta culpada, mesmo quando ele é o centro da discussão. Ele, sutilmente, está fazendo você se distanciar dos seus amigos e da sua família.
Se você se reconhece em alguma dessas situações, cuidado, talvez você esteja em um relacionamento doentio e não tenha percebido ainda.
Recentemente, a hashtag “talvez ele não bata em você” (no original, Maybe He Doesn’t Hit You) viralizou nas redes sociais com o desabafo de mulheres que, apesar de não terem um parceiro violento, são manipuladas por homens extremamente controladores.
“#TalvezEleNãoBataemVocê mas ele lhe manipula e ameaça cometer o suicídio caso você termine com ele”, postou uma internauta no Twitter.
“#TalvezEleNãoBataemVocê mas lhe compara com outras mulheres, critica o seu corpo e constantemente diz que você não é suficiente para ele”, desabafou outra pessoa.
Atitudes abusivas
Grande parte das postagens era sobre o poder de persuasão dos parceiros sobre as mulheres, ao interferir no convívio delas com outras pessoas.
O objetivo das postagens é mostrar que as atitudes abusivas têm o mesmo efeito da violência física.
A hashtag foi originada após Jerome Tammel, ativista dos direitos das mulheres em Wisconsin, estado no norte dos Estados Unidos, ouvir de uma amiga que a mulher deveria pedir ao seu namorado ou marido permissão para cortar o cabelo.
E o seu relacionamento?
Será que você também está em um relacionamento abusivo? Você tem ao seu lado um homem bom, honesto, trabalhador, mas será que ele excede e faz com que você se sinta anulada na maioria das vezes?
os professores Renato e Cristiane Cardoso aconselharam uma ouvinte que é viúva há 7 anos e há 2 meses foi morar com um homem muito dedicado, mas acabou de descobrir que ele, além de trocar mensagens marcando encontro com outras mulheres, está se envolvendo com uma pessoa casada. E neste caso há ainda o agravante de ele ter se tornado, segundo a ouvinte, violento. Apesar de tudo, ela diz que gosta muito dele, que ele se “encaixa em tudo”, e que não sabe o que fazer.
Para esclarecer, os professores lembraram o quão importante é conhecer bem uma pessoa antes de se envolver emocionalmente e, principalmente, tomar a decisão de morar junto. “Por que isso aconteceu? Você entrou em um relacionamento e fez ‘vistas grossas’ por ele ser uma boa pessoa e trabalhadora. Você não considerou essa relação nas suas devidas fases – amizade, namoro, casamento –, mas agora você já viu como ele é. Você não merece passar por isso”, explicou Renato no programa.
Renato e Cristiane aconselharam a ouvinte a ignorar o que sente por essa pessoa e procurar imediatamente um plano de saída dessa relação. “A sua pergunta deveria ser: ‘Como eu saio dessa fria em que entrei?’ Porque essa pessoa é no mínimo doente, e você está correndo sérios riscos com ela”, alertou o casal.
Se você tem vivenciado essas experiências na sua vida sentimental e quer ajuda para superar, participe das palestras da Terapia do Amor.
Por Taís Gomes
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