quinta-feira, 16 de maio de 2019

Como deixar de ser emotiva


Muitas mulheres pensam que não são sentimentais, mas algumas atitudes, ainda que pequenas, mostram o contrário


Por Flavia Francellino / Fotos: Fotolia e Demetrio Koch

Por que é fácil, principalmente para a mulher, deixar sobressair seus sentimentos? A vida sentimental, por exemplo, é uma das áreas mais afetadas quando ela se baseia nas emoções para tomar algumas decisões e, agindo assim, acaba “trocando os pés pelas mãos”. Contudo, há outras consequências negativas quando se faz escolhas emotivas, como a desorganização das finanças, a falta de objetivos e o relacionamento com más amizades.
Embora a sensibilidade feminina seja apontada como justificativa para isso, há uma característica que desafia a própria natureza da mulher – e não é o fato dela atualmente ser considerada empoderada, como dizem por aí. Na verdade, o que faz ela saber lidar com as emoções é a sua fé, o seu Encontro com Deus, o Novo Nascimento.
No livro de Isaías 11.2, lemos: “E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor”. Ou seja, a mulher que é nascida do Espírito é perfeitamente capaz de controlar suas emoções. Então, se o Espírito Santo é entendimento, por que muitas mulheres tomam atitudes erradas, mesmo que estejam na Igreja?
Lição sentimental
Priscila Alves dos Santos, de 27 anos (foto a esq.), está na Universal desde os 2 anos. Na adolescência, no entanto, ela relata que frequentava a Igreja por obrigação. Aos 14 anos, conheceu seu primeiro namorado e encontrou um motivo para ir às reuniões: ele. Outras decisões também foram tomadas com base nos sentimentos. “Comecei a namorar escondido e queria fazer tudo do meu jeito”, relata.
Quando o relacionamento estava bem, o casal oficializou o namoro. Logo, Priscila se viu com uma grande responsabilidade: aos 17 anos estava grávida. Então, ela se casou. “Durante o namoro, ocorriam brigas e um pouco de ciúme, mas eu pensava que o importante é que ele me amava. Minha vida girava em torno dele. Achei que, se ele mudasse, ficaríamos bem.”
Passado mais um tempo, ela descobriu que o marido trocava mensagens com uma pessoa. “Após alguns anos, peguei algumas conversas. Fiquei chateada e ele admitiu que errou. Eu era muito dependente dele tanto financeiramente como emocionalmente e, por isso, acabei lhe dando mais uma chance.”
Contudo, o relacionamento não deu certo e eles se separaram. Nesse período, Priscila já frequentava as reuniões da Terapia do Amor. Ela assistiu às palestras e decidiu investir na área espiritual. “Sabia que tinha que ter uma vida com Deus, mas não tinha clareza porque o que eu sentia me atrapalhava”. Hoje, ela compreende que a mulher é capaz de controlar seu coração e afirma que só vai se permitir gostar de alguém novamente “depois de realmente conhecer a pessoa”.
Fé emotiva x inteligente
A colunista Viviane Freitas diz que a fé emotiva é contrária à razão. “Quando a pessoa não medita na Palavra de Deus ou não usa a inteligência, pode vivenciar uma fé emotiva sem se dar conta.”
Ela destaca que há mulheres que vivem a fé emotiva, mas logo a detectam e buscam se corrigir. No entanto, só quem se analisa interiormente consegue constatar essa característica. “A fé inteligente cobra a resposta das ações da pessoa e averigua suas atitudes diante das circunstâncias. Você deve se avaliar, ficar esperta consigo mesma, com sua atitude. Repare em si”, recomenda Viviane.

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