sábado, 19 de dezembro de 2015

O mito do amor à primeira vista



Um recente estudo da Universidade de Chicago afirma o que a Escola do Amor já vem ensinando há um tempo: amor à primeira vista não existe. Me desculpem os românticos, mas é difícil argumentar contra a Ciência.

Os especialistas concluíram que o que pode acontecer à primeira vista é uma mera atração sexual, um desejo motivado pelo visual, o odor, ou mesmo o tom de voz da outra pessoa. É o que chamamos de paixão. Porém, nem sempre este sentimento se evolui para o amor. É possível, por exemplo, sentir-se atraído por alguém e depois de conhecê-lo mais de perto, perder totalmente o interesse.
Portanto, é impossível que o amor aconteça à primeira vista. Amor se desenvolve ao longo de um relacionamento onde as pessoas vão se conhecendo e descobrindo qualidades uma da outra que as levam à conclusão: “Eu quero passar o resto da minha vida com essa pessoa”.
Tenho experiência de primeira mão no assunto. Eu mesmo não senti amor à primeira vista pela Cristiane. Porém, já me apaixonei por ela várias vezes ao longo de nossos 24 anos de casados. E o que aconteceu comigo também é muito comum a outros casais: a princípio não havia interesse de uma ou ambas as partes, mas depois de se conhecerem por um tempo, o sentimento despertou. Quer dizer, a paixão nem sempre acontece no início da relação.
Considere algumas implicações disso:
  • Se você está apaixonado por alguém, toda aquela montanha-russa de sentimentos poderá fazê-lo escolher e se casar com alguém que você realmente não ama
  • Se você descarta uma pessoa porque não sentiu “amor à primeira vista” ou a chamada “química” não rolou no primeiro encontro, você poderá perder o grande amor de sua vida
  • Você pode estar casado com alguém por anos e chegar a um ponto onde a paixão do início não está mais à flor da pele — e daí pensar que o “amor” acabou (isso porque as pessoas confundem tão facilmente amor com paixão)
As consequências de cada um desses cenários podem ser desastrosas. Um casamento errado, um amor perdido, um divórcio desnecessário. Não estamos falando de pequenos problemas.
Por isso o amor precisa ser inteligente. É preciso usar a cabeça e não somente o coração ao decidir as coisas do amor. Às vezes, nem permitir que o coração tenha qualquer ingerência na decisão, pois ele é a fonte de paixões inconsequentes.
Quando a inteligência está no comando, é muito mais provável que você tenha sucesso no início do relacionamento, na decisão de casar, e durante os anos de casamento.
Colaborou: Bispo Renato Cardoso

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