terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Igreja é ou não é um serviço essencial?

 



Único grupo com melhora na saúde mental durante a pandemia: pessoas que frequentam uma igreja semanalmente


Quem frequenta a igreja manteve a saúde mental durante a pandemia. Em contrapartida, quem não vai à casa de Deus com frequência, teve queda na qualidade da saúde mental em 2020.

Os dados são da Avaliação dos Americanos Sobre Sua Saúde Mental realizada pela Gallup, nos Estados Unidos. Essa pesquisa é realizada da mesma maneira desde 2001, com o objetivo de avaliar a melhoria ou piora da saúde mental dos americanos ano a ano.

Em 2020, por conta da pandemia de COVID-19, a pesquisa mostrou a maior piora no estado mental dos americanos desde 2001. O número de pessoas que consideram sua saúde mental ruim ou apenas razoável cresceu de 19% para 24% entre 2019 e 2020.

Já aqueles que consideram sua saúde mental excelente diminuíram de 43% para apenas 34%. Nunca houve um número tão baixo de pessoas satisfeitas com sua saúde mental.

“Após mais de oito meses de pandemia de coronavírus nos EUA, os relatórios de saúde mental dos americanos são muito piores do que há um ano”, afirma o estudo.

Mesma situação, realidade diferente

A pesquisa realizada pela Gallup é estruturada para representar toda a sociedade estadunidense. Logo, é possível analisar o resultado a partir de subgrupos, como gênero, idade e classe social.

Dentre os 19 subgrupos estudados, o que mais se destaca é o de pessoas que frequentam as igrejas. Isso porque este é o único subgrupo que teve melhora de saúde mental em 2020. Confira no gráfico abaixo a quantidade de pessoas que avaliam sua saúde mental como excelente:

igreja atividade essencial

O que o estudo mostra é que as pessoas que mantiveram a prática de sua fé permaneceram saudáveis. Enquanto aquelas que raramente vão à igreja sofreram com problemas como estresse, ansiedade e depressão.

O estudo americano comprova que a igreja é essencial para a manutenção da saúde. O resultado vai ao encontro do pensamento do Bispo Eduardo Bravo, presidente do UNIGREJAS. Em nota oficial, o Bispo afirmou:

“Nos últimos dias, não foram poucas as pessoas que chegaram completamente desorientadas nas igrejas: tomadas pelo pânico, com medo da morte, das notícias dos últimos dias. Quando alguém neste estágio procura uma Igreja e encontra as portas abertas, o pastor, o líder religioso que está ali, pronto para atendê-la, usa a Palavra de Deus, que tem o poder de neutralizar o medo, o pânico. E, na hora, essa pessoa já recebe o alívio, a paz, e consegue sair dali diferente.”

Ou seja: a igreja trabalha diretamente na manutenção e no fortalecimento da saúde mental e espiritual, utilizando a fé para auxiliar os desesperados.

“Ainda que permaneça na igreja por um breve tempo, mas  esse contato com a fé, com a Palavra de Deus, é crucial”, relatou o Bispo. As igrejas reacendem a esperança na população, sentimento crucial neste momento para que as pessoas não se sintam desesperadas, em pânico.

O Bispo conclui: “A proximidade das pessoas com a igreja é algo essencial.”

Andre Batista / Foto: Getty Images


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